Está na Bienal do Parque Ibirapuera em São Paulo a exposição Nirvana: Taking Punk to the Masses, em que a história da banda que marcou o início dos anos 90 é contada por mais de 200 itens, entre instrumentos, fotos, roupas e outras raridades! 🤘
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Exposição Nirvana: Taking Punk to the Masses
Idealizada por Jacob McMurray, diretor do Museum of Pop Culture de Seattle, a exposição do Nirvana na Bienal trouxe para o Brasil mais 200 itens para contar a breve e intensa história da banda, desde seu início até a fama avassaladora e a morte de seu ícone, Kurt Cobain.
Na abertura da exposição, Jacob contou que diferentemente de outras exposições em que trabalhou, a dificuldade na organização de Taking Punk to the Masses se deu justamente pelo excesso de material disponível: “Parece que todo mundo em Seattle tem uma história ou algum item do Nirvana”, explicou ao dizer que teve de usar apenas 200 itens dos mais de 500 itens que coletou, devido ao espaço disponível no Museum of Pop Culture de Seattle.

O curador também disse que essa familiaridade do público aumentou o desafio de realizar a exposição, já que seria necessário surpreender os conhecedores da banda, mas também atrair e agradar o público geral.
Por esse motivo, a exposição Taking Punk to the Masses, além de contar a história do Nirvana, insere a banda no contexto cultural e social da época e ilustra o rico cenário musical do fim dos anos 80 em Seattle. Você vai poder saber mais sobre a ascensão do grunge e o surgimento de bandas como Soudgarden, Pearl Jam, Screaming Trees, Melvins, entre outras.
Krist Novoselic (baixista e membro original do Nirvana) ofereceu diversos itens para a exposição, como a camiseta que usava quando jogou o baixo para o alto e atingiu a si mesmo no MTV Music Awards, os discos que considera mais inspiradores para o início do Nirvana e diversos outros itens, como fotos do seu acervo pessoal.

Alguns destaques da exposição do Nirvana!
Trilha sonora criada especialmente para a exposição
Preste atenção na trilha sonora ao entrar na exposição. A faixa de 60 minutos em 16 canais foi criada por por Steve Fisk, famoso produtor musical de Seattle que trabalhou com bandas importantes dos anos 90, como Soudgarden, Screaming Trees e o próprio Nirvana.
Instrumentos originais usados pela banda
Uma bateria usada por Dave Grohl, um baixo de Krist Novoselic e guitarras de Kurt Cobain estão expostos junto a fotografias que mostram esses instrumentos em uso durante os shows.

Um dos instrumentos mais legais de se ver de perto na exposição do Nirvana é a primeira guitarra que Kurt destruiu em um show durante o dia das bruxas de 1988.
A empolgação fez com que Cobain destruísse a única guitarra que possuía na época, mas assim começou a sequência de muitas guitarras quebradas no palco.

Pôsters de diversos shows históricos do Nirvana
Entre eles, o pôster de um show com a banda feminina e feminista Bikini Kill (precursora do movimento Riot Grrrl) em que o Nirvana tocou Smells Like Teen Spirit pela primeira vez!
Várias horas de material audiovisual
Entre esse material está inclusive a primeira entrevista da banda para a televisão, ainda com Chad Channing na bateria, gravada em 16 de janeiro de 1990, e que nunca foi ao ar.
Em diversas estações espalhadas pela exposição estão disponíveis entrevistas e pequenos documentários que contam mais sobre a banda e a cena musical norte-americana da época.
Recriação do cenário do MTV Unplugged
Por ter sido a última apresentação ao vivo do Nirvana registrada em grande estilo e por ter feito com que a banda atingisse um público que ainda não tinha alcançado, mesmo com a fama dos trabalhos anteriores, o acústico MTV do Nirvana é considerado obra essencial na carreira da banda.
Para refletir a importância do álbum, foi recriada a ambientação da gravação em uma área que exibe um documentário de cerca de 25 minutos contando a história da banda.
Diversos documentos e cartas de Kurt e do Nirvana
Entre eles, o primeiro contrato da banda com a gravadora Sub Pop, de 1983. O contrato previa a gravação de 3 álbuns e estipulava um pagamento escalonado por eles, Bleach, primeiro álbum da banda, rendeu ao Nirvana míseros 600 dólares, valor determinado para reembolsar os músicos pelos gastos com a produção do disco.
Material de palco e setlists
Estão expostos diversos itens utilizados durante turnês e shows, inclusive no Brasil, no polêmico Hollywood Rock de 1993 (considerado o pior show da banda). Além de fotos, você também vai ver várias peças de roupa, instrumentos e setlists originais utilizados nos palcos.

Um outro lado artístico de Kurt Cobain
A exposição Nirvana: Taking Punk to the Masses também traz imagens de um jovem Kurt Cobain em aulas de arte na escola e um de seus quadros, pintado em 1984, que mais tarde acabou intitulado A new american gothic.
E mucho más!
Apesar da duração de cada sessão ser de uma hora, a exposição tem material de sobra para você passar um dia inteiro conhecendo melhor a história de uma bandas mais famosas e influentes da década de 1990.
São dezenas de fotos, depoimentos, manuscritos de letras de músicas, provas de capas dos discos e até um cenário que imita a capa de Nevermind, onde você pode tirar sua própria foto!
Se o Nirvana, e a música dos anos 90, marcou sua adolescência ou até hoje está presente no seu gosto musical, não deixe de visitar a exposição e sair com um gostinho de nostalgia boa no ar e uma compreensão maior do que significa ficar repetindo “Hello, hello, hello, how low” por aí! 🙂
A exposição Nirvana: Taking Punk to the Masses faz parte do projeto Samsung Rock Exhibition que traz para o Brasil exposições sobre rock e cultura pop. Assim que soubermos das próximas, avisaremos vocês!
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Informações sobre a exposição do Nirvana em São Paulo
De 12/9 a 12/12.
De terça a sexta, das 9h30 às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 19h.
De terça a sexta: R$ 25 (inteira). Finais de semana e feriados: R$ 25 (inteira). Os ingressos permitem permanecer na exposição durante 60 minutos e podem ser adquiridos antecipadamente através do site Ingressorapido.com e também na bilheteria na entrada da exposição.
Há banheiros no local.
Parque Ibirapuera (Portão 3), Pavilhão Ciccillo Matarazzo (Bienal): Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Ibirapuera.